Tô pagaaaano...

Não no sentido literal do pagar, mas eu acho que eu tô pagando tudo que eu fiz pra minha mãe agora com a Bia. Ela tem seus momentos hilários, fala cada coisa que a gente tem que olhar duas vezes pra ver se é uma criança mesmo que tá falando, mas ela tem ""criado" muito ultimamente, rs. Realiza: faltando duas semanas pro parto (a princípio) a minha artista arruma brincadeiras que eu imagino que são deliciosas pra ela, mas são um princípio de infarto pra mim. Exemplo? Ela vai pro banheiro, sobe no banquinho, pega as panelinhas, papel higiênico, sabonete e o que mais tiver por cima do balcão, coloca nas panelas e...e...e...me entope a pia com papel e sabonete e deixa a torneira pingando. Ok. Tenho que ir lá, limpar tudo, catar os papeis de dentro e de fora da pia, lavar e guardar as panelinhas. Se-nhor! Parece nada, mas isso me estressa!!! Quer outra presepada? Ela decorou o número da casa da avó em Manaus e passa o dia no telefone tentando falar com ela. Isso não seria problema SE a minha mãe não passasse o dia inteiro fora de casa e SE o meu telefone não tivesse problema de descarregar o tempo todo e quando acontece, ficamos incomunicáveis no fixo. Com a conta eu não me importo porque a ligação pra lá não tem tarifa, mas por mais que eu diga -Bia a Déda não tá em casa !, ela inventa qualquer outra ligação, decora os números de comercial (Fisk, China in Box....) e fica tentando ligar. Me dá nos nervos pq afinal, a gente paga impulso, né??? Não satisfeita, a Bia me arruma um amiguinho, o vizinho da frente que tem 1 ano e 3 meses e adora ela, e a mãe dele há umas duas semanas atrás a chamou pra brincar com ele na casa dela. Desde lá a Bia fica de plantão na porta do apartamento com a orelha colada nela pra ver se o garotinho vai dar sinal de vida pra que ela saia correndo porta afora e venha com a cara mais lavada me pedir -Mãe, posso ir na casa do Philippe? Não, Bia, ele não tá em casa (entre outras desculpas!); -Mas quando ele chegar eu posso ir? Vamos ver, Bia. 5 minutos depois........ -Mãe eu acho que ele já chegou, eu vi a luz da sala acesa. Posso ir? Não, Bia. Quem chegou foi o pai dele (eu tento despistar). E nessa ela vai abrindo e fechando a porta, trancando e destrancando, e eu cansada, tentando dormir ou pelo menos ficar numa posição menos incômoda que não seja sentada no computador ou em pé, e ao mesmo tempo atenta pra que ela não saia. Como que descansa assim?! Radicalizei nas 3 situações porque eu sou uma só, porque tudo isso acontece quando eu tô sozinha e porque eu tô pegando leve na disciplina com a minha filha. Tirei o banquinho do banheiro e escondi, peguei um telefone com fio, daqueles que tem tranca e travei o bicho, e por fim tranquei a porta e guardei a chave num lugar fora do alcance dela. Essa de ser "mãe legal" o tempo todo não tá dando e eu talvez esteja pagando pelo fato de desde cedo não ter tido aqueeeele tempo de dedicação quanto à educação dela. A rotina de disciplina aqui é assim: conversa. Conversar não tá dando jeito? Avisa. O aviso não "assustou"? Castigo. E em último caso, quando nada funcionou e a rebeldia continua, apanha. Uma palmada. Uma "senhora" palmada! E funciona...

Deus nos capacite cada dia mais!