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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dolly



Ela tem feito parte das nossas vidas desde que eu tinha 12 anos e o fato de pensar em perdê-la me dói muito. Mamãe me falou que ela tava meio estranha nas últimas semanas e me disse que tava suspeitando que ela tinha comido cimento e que por conta disso não queria mais comer, não saía mais do lugar pra fazer as necessidades, enfim, a situação dela tava ficando preocupante e foi então que eles decidiram levá-la ao veterinário onde ela tá internada mas sai hoje. A notícia que deram pra minha mãe sobre a Dolly não foi muito animadora, porque o veterinário disse que ela possivelmente não andaria mais por conta da paralisação do intestino, talvez estômago, e enfim, ela precisará usar fraldas  e vai ficar assim até o último dia de vida dela. Onde tá o problema nisso? É  minha cadelinha que tá nos últimos dias e eu tô longe sem poder cuidar, e meus pais e irmão trabalham praticamente o dia todo, ou seja, ninguém pra cuidar dela e dar a atenção e cuidado que ela vai precisar daqui pra frente. Dói, dói muito porque quem tem cachorro sabe que a gente se apega tanto que o animal vira gente e começa a fazer parte da família, mas o meu único pensamento agora (tenho usado tanto o meu lado racional que tô com medo de mim, rs.) é o de evitar que o meu "xorxôio" sofra ainda mais.  Ela não fala, mas eu digo que ela mostra sentimentos pelo olhar, e o olhar dela seria triste. Sim, seria porque ela não enxerga mais...=(
Eu queria mesmo era que a Dolly nunca tivesse envelhecido, nunca tivesse perdido a visão e sempre se mostrasse aquela cadela atenta, brincalhona...eu queria! Mas o tempo passa e a gente se dá conta que o cachorro é um ser vivo e que tem o início e o fim de uma vida, quase como humano. Eu já tô me preparando pra realizar que a Dolly já me fez muito feliz, mas que a hora dela tá chegando, e se eu  estivesse perto, esse sofrimento dela acabaria, sem dor, sem sofrimento, mas com uma escolha. Deus sabe o que faz e Ele sabe que eu estaria muito pior do que estou agora, que estaria chorando mais ainda, que me bateria o desespero que querer cuidar dela sem poder. Pode haver melhora e pode não haver, ela é uma guerreira que já passou por muita coisa, mas nesse momento a única coisa que posso fazer é esperar.
É isso, minha gente. O post de hoje tá meio deprê mas o que seria de mim sem esse desabafo cibernético?

Beijos!

2 comentários:

Um Invisível Cordão disse...

Oi Jéssica, imagino o que vc esteja sentindo pq já passei por isso e tmb sinto que o meu novo cãozinho faz parte da minha família( chamo de filho e tudo). Como sempre, nessas horas só nos resta confiar em Deus e agradecer a Ele por nos dar a oportunidade de conviver com nossos queridos amigos peludos. Beijo no coração e um abraço bem apertado.

Jéssica Sicsú disse...

Pois é, Rafaela, tá brabo! Mas tem que esperar mesmo, não tem jeito. Beijo grande pra ti!! =]